terça-feira, 7 de maio de 2013

Realidade cruel.

A violência na Paraíba nos últimos anos aumentou consideravelmente. Na capital paraibana o genocídio de jovens ocorre diariamente com a justificativa de que os assassinatos ocorrem por conta do envolvimento com drogas ou por brigas de gangs rivais entre os bairros e as torcidas (des)organizadas, como se essa mera explicação faz-se valer tanto sangue e tanto horror.
Por lá existem duas facções criminosas sem fins ideológicos ou um proposito concreto estabelecido. Fundamentado no principal conflito mundial que atualmente espalha o terrorismo pelo mundo, os "EUA" e a "Okaida", inspirado no rival estadunidense "Al Qaeda".
O certo é que baseado nas brigas de torcidas (des) organizadas e nas disputas por territórios do tráfico de drogas e ainda com grande ajuda da mídia local, jovens estão sendo exterminados numa guerra civil que apenas serve para dar ibope à programas sensacionalistas.
Citamos por exemplo o programas "Correio Verdade" no qual seus repórteres e apresentador se tornam verdadeiros "urubus" em busca de reportagens.

A criação de um novo personagem social é a principal contribuição dada a sociedade pelo programa C V. Seu apresentador, criador do "boy doido" atrai a juventude a assistir seu programa. Consequentemente tal personagem adquire as características que lhes são atribuídas como: andar, falar e vestir-se. Andar igual a um Boy doido se torna um atrativo entre os jovens, expressar-se com a fala arrastada e com bastante gírias também faz parte da personagem e por fim as roupas são o último ingrediente para a constituição do "Boy Doido". Ser Boy doido é motivo de orgulho entre estes, assim como  antigamente ser cabra macho era coisa de homem bravo.

Acompanhando um pouco o programa, podemos perceber que a propaganda acerca do Boy Doido foi deixada de lado, talvez pelo exito em transformar jovens sem perspectiva social em assassinos em série ou meros delinquentes da periferia. 

Em outra perspectiva apresentado por estatísticas do IBGE é a população negra que mais sofre com a violência crescente na grande JP. vejamos o gráfico abaixo: 

Por este gráfico podemos perceber a dimensão da violência na capital paraibana.

Em Campina Grande assassinatos também aumentaram. No Tambor entre os dias 06 e 07 de Maio ocorreram um assassinato e uma tentativa de homicídio. 

Devemos cada vez apresentar para os jovens e crianças do bairro que o caminho da violência apenas trás a morte e o sofrimento para inúmeras familias, em detrimento disso podemos apresentar alternativas culturais como as atividades desenvolvidas na Biblioteca Comunitária do Tambor, pois a criança que recebe incentivo à leitura com certeza enxergará outras possibilidades onde antes ela apenas via violência.
Estamos lutando contra todo esse sistema, subreptícialmente resistindo para que mais jovens e crianças não entrem na dança do terror propagandeado pela mídia que vende sangue na TV.

Cada um de nós temos o dever de salvar nossas crianças e jovens desse sistema vicioso e não ficarmos a esperar de providencias divinas ou políticas, enquanto somos espectadores dessa realidade agora mesmo mais um jovens corre o risco de ser assassinado.


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