segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ciclista: 1,5m


O Código de Trânsito Brasileiro determina que os veículos devem manter uma distancia mínima de um metro e meio das bicicletas. Esta distância permite uma segurança maior para o ciclista e para o motorista, evitando assim acidentes.
Na semana passada, o jovem ciclista, Rudolf Werner Junior, de 29 anos, carinhosamente conhecido por Rudi, filho do casal amigo, Wolff e Denize, sofreu um acidente grave. Ele é triatleta e foi atropelado durante um treino por um ônibus de responsabilidade da prefeitura da cidade de Cabedelo.
Este acidente revoltou a todos pela imprudência do motorista, certamente despreparado para conduzir aquele veículo. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o motorista não estava habilitado para conduzir o veículo que transportava crianças. Esta informação precisa ser apurada pelas instituições competentes, como: o Ministério Público e o Detran. Caso as informações sejam confirmadas, os responsáveis devem ser punidos pela contratação do motorista. Não pode um gestor público contratar pessoas que possam colocar em risco a vida de crianças e de todos que circulam na cidade.
Ciclistas de todas as idades fizeram uma manifestação contra a insegurança no trânsito e em solidariedade a Rudi. Mais de 300 ciclistas se deslocaram do Portal de Intermares até a entrada da cidade de Cabedelo, local onde o acidente ocorreu. No local, foi feita uma oração pelo pronto restabelecimento do triatleta e reivindicaram também do poder público, entre outras: ampliação das ciclofaixas, mais ciclovias e políticas educativas.
Atualmente, na cidade de João Pessoa, os amantes e atletas deste esporte não têm espaços reservados para desenvolverem suas atividades. Eles treinam nas estradas, colocando em risco suas vidas, por condutores de veículos que não têm o menor respeito pela vida do seu semelhante. As poucas ciclovias que existem na cidade não têm manutenção, dificultando ainda mais a prática do ciclismo.
É importante que toda sociedade se una e exija das autoridades competentes políticas públicas que garantam a segurança de todos. Não podemos mais aceitar o descaso de nossos gestores com a vida das pessoas. No Brasil, os números divulgados de acidentes de trânsito são alarmantes.
Independente dos gestores públicos, você pode fazer a sua parte. Quando verificar um ciclista na estrada se distancie dele de no mínimo um metro e meio. Imagine que aquele ciclista pode ser seu filho, um parente ou um amigo. Você não gostaria de provocar um acidente em uma pessoa próxima a você.

Luiz Renato de Araújo Pontes

É Professor e Pesquisador da UFPB e Coordena o Laboratório de Materiais e Produtos Cerâmicos – LMPC/CT/UFPB.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Rede Nacional da Memoria Virtual Brasileira

Vejam imagens de negros escravizados no Brasil fotografados por Christiano Jr. acessando o site da Rede da Memoria Virtual Brasileira, aqui

Fonte: http://bndigital.bn.br/projetos/redememoria/galerias/Christianojr/index.htm#19

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Evangélicos tentam invadir terreiro em Olinda

Centenas de evangélicos com faixas e gritando palavras de ordem realizam protesto em frente a um terreiro de matriz africana e afro-brasileira – candomblé, umbanda e jurema. As imagens poderiam ser de um filme sobre a Idade Média. No entanto, foram registradas no domingo, no Varadouro, em Olinda, Grande Recife. As cenas de intolerância religiosa circularam ontem nas redes sociais e provocaram a revolta de milhares de internautas.

As imagens foram captadas pelo filósofo e babalorixá Érico Lustosa, vizinho do terreiro alvo dos ataques. Segundo ele, por pouco os evangélicos não invadiram o espaço. “Eles gritavam ‘Sai daí, satanás’ e forçaram o portão. Foi aí que me coloquei em frente ao portão e meu filho começou a gravar. Um deles gritou para a gente tomar cuidado, que ele era evangélico mas era também um ex-matador”, relembrou.

O fato ocorreu uma semana depois que pessoas invadiram terreiros em Brejo da Madre de Deus, no Agreste, após o assassinato de uma criança, segundo a polícia, a mando de um pai de santo. Pesquisadores dizem que essas religiões não realizam sacrifício de humanos.

Com a repercussão nas redes sociais – o vídeo teve mais de 1,5 mil compartilhamentos no Facebook e cerca de 400 visualizações no YouTube em menos de 12 horas – representantes de dezenas de terreiros se reuniram, ontem à tarde, no Palácio de Iemanjá, no Alto da Sé, em Olinda.
No encontro foram discutidas propostas para coibir a intolerância religiosa. Entre elas a de ser registrado um boletim de ocorrência coletivo para denunciar o fato ocorrido no Varadouro.

O terreiro alvo dos ataques é o de Pai Jairo de Iemanjá Sabá, na Rua Manuel Souza Lopes. Vizinhos repudiaram o protesto. “Moro aqui desde criança e o pessoal do terreiro nunca trouxe problema. Sou católica, mas respeito as outras religiões. O que fizeram foi um absurdo. Por pouco não invadiram o espaço”, disse a dona de casa Cintia Gomes, 25 anos.

O secretário-executivo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial do Estado, Jorge Arruda, lamentou o fato em Olinda e afirmou que os ataques têm relação com o caso de Brejo da Madre de Deus. A igreja responsável pelo protesto não foi identificada.

Hoje haverá reunião entre representantes do Ministério Público, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos e de terreiros. Também será lançada a cartilha Diversidade Religiosa e Direitos Humanos e debatida a intolerância contra as religiões de matriz africana e afro-brasileira em Pernambuco.

Fonte>http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/noticia/2012/07/18/evangelicos-tentam-invadir-terreiro-em-olinda-49482.php

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Capoeira!

As aulas de capoeira que estavam acontecendo na BCT, irão agora para as dependências da AMT (associação de moradores do tambor), o local foi solicitado porque a Biblioteca Comunitária ficou pequena para o número de crianças que estão treinando capoeira, a cada encontro surgi um(a) novo(a) aluno(a). O projeto de Capoeira recebe o nome de "Capoeira Educar", porque esse é o intuito dos colaboradores, educar e criar uma consciência multicultural tanto nas crianças como no bairro que recebe junto com a capoeira outras manifestações afro brasileiras.

O Grupo responsável pelas aulas é o Afro Nago do Mestre Zunga e esta sob a coordenação do professor Morcego e do Aluno adiantado Pelé.


I Ciclo de Debates Genocídio da Juventude Negra e Lei 11.645\08. Qual o Papel da Educação e dos Educadores?




Local: Mini-Teatro Paulo Pontes do Teatro Municipal Severino Cabral
Datas: 03, 04, 11, 18 e 25 de Agosto




Abertura do Projeto Agosto Pra Igualdade Racial : Ana Lúcia Sales e Jair Nguni-ativistas do Movimento Negro de Campina Grande.


Programação do Mini-Teatro Paulo Pontes:



Dia 3 de Agosto-18:30 hs- noite- sexta-feira
Palestra: Genocídio da juventude negra e Lei 11.645\08. Qual o papel da educação e dos educadores?

Palestrantes : Eloi Ferreira- Advogado, Presidente da Fundação Cultural Palmares e ex-Ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial-SEPPIR.
Maria das Graças Andrade Leal- professora da UNEB e Doutora em História.
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Dia 04 de Agosto-9:00hs-manhã

Palestra: História dos africanos, luta de classes e cultura afro-brasileira na vida do historiador e líder operário Manuel Querino.
Coordenadora: Ana Patrícia Sampaio de Almeida- Mestra em Ciências Sociais e Coordenadora Técnica do Centro de Ação Cultural- CENTRAC.
Expositora: Maria das Graças Andrade Leal- professora da UNEB e Doutora em História.



Dia 04 de Agosto- 14:00hs- tarde
Coordenador: Evaldo Batista dos Santos- Professor Morcego da Escola de Capoeira Afro Nagô.
Palestra: Candomblé, identidade negra e intolerância religiosa na História do Brasil.
Expositores: Luciano Mendonça de Lima- professor da UFCG e Doutor em História.
Ofélia Barros- professora da UEPB e Doutora em História.


Dia 11 de Agosto- 09:00hs
Mesa redonda: Métodos e técnicas para o ensino de história da África, cultura afro-brasileira e indígena na educação.
Coordenador: Ariosvalber de Sousa Oliveira- Historiador, Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira e Mestrando pela UFCG.
Expositores: Élio Flores- Doutor em História e professor da UFPB.
José Pereira de Sousa Júnior- professor de História da África da UEPB e Doutorando pela UFPE.
Juciene Ricarte- professora da UFCG e Doutora em História.



Dia 18 de Agosto- 09:00hs
Palestras: Valores civilizatórios africanos e cultura afro-brasileira no currículo escolar.
Educação, juventude negra e lei 11.645\ 08.
Coordenador: Nazito Pereira- Mestre em Filosofia e integrante do SINTAB-
Expositores: Severino Lepê- Historiador, Psicólogo, poeta, escritor e ativista do Movimento Negro de Pernambuco.
Marta Almeida: Coordenadora do Movimento Negro Unificado de Pernambuco- MNU.


Dia 25 de Agosto- 09:00hs
Coordenador: Joseilton Brito- Sociólogo, militante dos direitos humanos e integrante do Grupo de Apoio à Vida- GAV.
Palestra: Extermínio da juventude negra, relações de gênero e políticas públicas para a igualdade racial.
Expositores: Cristóvam Andrade- Mestre em Sociologia e professor da UEPB.
Joanice Conceição: Pedagoga, Doutora em Ciências Sociais, Pesquisadora do Programa Nacional de Pós-Doutorado da CAPS, pela Pós- Graduação em Antropologia da UFPB.
Doutora em Ciências Sociais/Antropologia da PUC-SP
Membro do Grupo de Pesquisa Ritual, Festa e Performance
Associada ao Centro de Estudos Africanos - CEA- Lisboa PT Associada ao Centro em Redes de Investigação em Antropologia - CRIA – Lisboa PT.




Encerramento -11:00hs Cortejo afro- cultural em memória dos heróis brasileiros da Revolta dos Búzios e pelo fim do extermínio da juventude negra, saindo do Teatro Municipal Severino Cabral rumo à Praça Clementino Procópio com o Maracatu Nação Leão Coroado de Olinda-PE, Grupo de Ciranda Margarida Maria Alves da Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos(Alagoa Grande), cantores Dido Voxon e Jataí, Grupo de Capoeira Nagô, Escolas de Capoeira Afro Nagô e Mukambu de Capoeira Angola Paraíba.

Coordenador do Projeto Agosto Pra Igualdade Racial: Jair Nguni- Historiador e Coordenador do Movimento Negro de Campina Grande e aluno do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira da UEPB.


Contatos: 083 8738-3322 \ 8890-9564, 3342 2136 E-mails: jairngunycg@live.com
negraaieypb2001@live.com





PARCEIROS: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINA GRANDE, GOVERNO ESTADUAL, ADUEPB, CENTRAC, SINTAB, GRUPO DE CAPOEIRA NAGÔ, OLODUM, ILÊ AIYÊ E ESCOLAS DE CAPOEIRA MUKAMBU ANGOLA PARAÍBA E AFRO NAGÔ.


“A CARNE MAIS BARATA DO MERCADO É A NEGRA
A CARNE MAIS MARCADA PELO ESTADO É A NEGRA.”

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Acesso à Informação no Brasil


A Biblioteca Comunitária do Tambor atende a lei de acesso à informação no Brasil, já que não vemos dos poderes públicos agindo em nosso bairro o incentivando à educação conforme é estabelecidos por lei.

Lei nº 12.527, sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de 2011, tem o propósito de regulamentar o direito constitucional de acesso dos cidadãos às informações públicas e seus dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
A publicação da Lei de Acesso a Informações significa um importante passo para a consolidação democrática do Brasil e também para o sucesso das ações de prevenção da corrupção no país. Por tornar possível uma maior participação popular e o controle social das ações governamentais, o acesso da sociedade às informações públicas permite que ocorra uma melhoria na gestão pública.
No Brasil, o direito de acesso à informação pública foi previsto na Constituição Federal, no inciso XXXIII do Capítulo I - dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - que dispõe que:
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.
A Constituição também tratou do acesso à informação pública no Art. 5º, inciso XIV, Art. 37, § 3º, inciso II e no Art. 216, § 2º. São estes os dispositivos que a Lei de Acesso a Informações regulamenta, estabelecendo requisitos mínimos para a divulgação de informações públicas e procedimentos para facilitar e agilizar o seu acesso por qualquer pessoa.

Mandela celebra 94 anos com centenas de atos por toda a África do Sul




Johanesburgo, 18 jul (EFE).- O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela completa 94 anos nesta quarta-feira, um evento para o qual estão previstos centenas de atos solidários por todo o país e que desde 2010 é celebrado no mundo todo como o Dia Internacional de Mandela.
O ex-líder sul-africano passará seu aniversário acompanhado de sua família na intimidade de sua residência em Qunu, localidade onde viveu durante sua infância e à qual se transferiu em maio após uma breve internação em Johanesburgo para submeter-se a uma laparoscopia devido a uma dor abdominal.
Sob vigilância médica desde 2011, Mandela 'goza de boa saúde', assegurou em maio passado o atual presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
Embora o carismático ex-mandatário complete 94 anos na intimidade, o mundo celebra o Dia Internacional de Mandela, uma iniciativa da ONU para estimular todos os cidadãos a dedicarem 67 minutos a causas sociais, um minuto por cada ano que o líder sul-africano dedicou a lutar pela igualdade racial e o fim do apartheid.
Na África do Sul, o Centro da Memória de Nelson Mandela contou pelo menos 80 eventos organizados por ocasião do aniversário, indo desde a recuperação de escolas e a construção de casas até uma expedição ao Kilimanjaro, o monte mais alto da África.
A jornada começou com uma canção de aniversário a Madiba - nome do clã de Mandela em língua xhosa - entoada por 20 milhões de pessoas em diversas localidades do país. Estudantes em suas escolas e empregados em seus ambientes de trabalho se somaram a esta iniciativa para desejar-lhe um dia feliz.
Mandela se tornou o primeiro presidente negro da África do Sul após vencer as primeiras eleições multirraciais do país, em 1994, ano em que chegou ao fim o regime segregacionista do apartheid, imposto pela minoria branca sul-africana.
Sua mensagem de reconciliação e convivência entre as diferentes raças, que possibilitou a transição rumo a uma África do Sul democrática, lhe valeu o Nobel da Paz em 1993, prêmio que recebeu junto ao então presidente, Frederik Willem de Klerk.
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados

terça-feira, 10 de julho de 2012

Brincadeiras do Tambor!


A moda no Tambor agora é a brincadeira de bola de Gude, diariamente se unem em algum chão batido nas margem da linha do trem crianças, adultos, trabalhadores, vagabundos e outros sujeitos para a diversão que começa cedo do dia e acompanha o Sol na sua jornada até a hora do banho no inicio da noite ou a parada para o racha da tarde! O jogo é assistido por uma patota que fica ali, dando pitaco, piruando e narrando as partidas, às vezes até despertando a ira dos jogadores. As bilinhas de Gude fizeram parte de nossa infância, quando criança, brincávamos muito na frente de casa e na frente da casa dos outros, perturbando o sossego de muitas senhoras concentradas nos seus afazeres! Eu arrisquei umas jogadas, mas perdi muito a prática!
É de morrer de rir quando alguém erra uma jogada ou tira todas as bolas do triangulo e corre para os outros não o “matarem” e “apurar” todas as bolas. A partida de bola de Gude é acompanhada por algumas gírias peculiares, como CASAR a bola no Triangulo (apostar uma bola para o jogo, o triangulo é onde são depositadas as bolas); ir PÊLA (quando não tem mais nenhuma bola de gude pra casar); PALMO ( na posição que a bola está o jogador estende a palma da mão e joga logo em seguida) motivo de muitas brigas porque muitos dos camaradas exageram quando vai medir o palmo e além de esticar a mão estende a outra que vai dar o SUPAPO (jogada com muita força); MORRER ( morre-se quando um jogador acerta a bola do outro, este logo sai da partida e só entra na outra). Existem várias outras jogadas e expressões no jogo de bola de Gude que varia de bairro para bairro, de região à região, como o nome do próprio jogo que alguns chamam de BILA de vidro.
Já tive muitas brigas, apanhei bastante e já corri muito pra não devolver as bolas dos outros. Essa era a força de não ser enganado nos jogos por aqui, quando se é criança a gente apanha bastante quando vai se meter no jogo dos “maiores”, mas também essa é a forma de sentir “grande” e se garantir em perder muitas bolas, mas se divertir, que é o que importa!
Aqui no Tambor existem o tempo de frutas brotarem e tempo de brincadeiras surgirem, já se passou o tempo do oioi, do bate-bate, da pipa e do pião! Essas brincadeiras agora só na próxima safra, o lance agora é jogar Bola de Gude! Falando nisso, vou dar uma olhada no jogo ali fora...

Williams Cabral.

A História é um discurso em litígio...



Existem vários intelectuais que a definem o seu modo, Karl Marx, Hayden White, Augusto Comte, Paul Veyne, Keith Jenkins, entre outros. Irei me reter a dois desses: Paul Veyne e Keith Jenkins, teóricos que se apropriam do discurso Focalteano para estudar o saber “História”. Ambos têm em comum essa semelhança com aquilo que Michael Foucault trata que é a questão do discurso. Paul Veyne diz que a história é uma narração do passado e que sua única exigência é que o fato narrado tenha ocorrido deveras. Veyne trata disso falando que as ações humanas existem, e que as importâncias de tais ações serão atribuídas pelo historiador. “Tudo é histórico, logo a História não existe”, essa máxima sintetiza aquilo que ele trata. Se formos estudar os grandes acontecimentos (que assim são denominados pelo valor que os historiadores lhe atribuíram) da história notaremos que existem várias lacunas, espaços temporais que possuem uma história, mas para aqueles que constroem esse saber tal abordagem não interessa.
Analisar a fundação de Campina Grande enfatizando apenas Teodósio de Oliveira Ledo deixa-nos brecha para estudarmos os nativos que foram trazidos por ele, povos indígenas que possuem sua história, seus traços influenciaram de certa forma na fundação da cidade. Logo essa história é escassa ou não existe. Outro aspecto conceitual que Veyne aborda é a noção de não-factual, os estudos dos fatos não terão mais uma “capital”, podemos citar como exemplo a “história política”, o historiador poderá registrar histórias das localidades, das mentalidades, da loucura, etc. Ele não estará imbuído a estudar apenas política, nisso é quando se abre as opções de pesquisa, ampliando o trabalho historiográfico. E Veyne compara esse desenvolvimento com uma floresta na qual foi aberta uma clareira, e essa clareira é o que se sabe sobre história, e tudo aquilo que se pesquisa diferente da história convencional é uma abertura nessa clareira. 
O trabalho do historiador é absorver essas teorias e entre outras e buscar fatos que são pertinentes a uma serie de aspectos, não está imbuído na maioria das vezes registrar o que bem entende, seu trabalho vai depender de sua ideologia política, convivência com a família, com amigos, com a teoria que prefere, etc. O historiador possui mesmo com tais “pressões” o poder de escolher em que trabalhar, pois segundo Veyne a historia é infinita e indeterminada, ele pode agora estudar algo que é pouco estudado ou ainda não que foi estudado. Nietzsche disse no século XIX que a história estava morta e aqueles que a criavam também, isso entendo analisando o dogmatismo e a noção limitada que a história possuía nessa época.
Keith Jenkins, outro teórico que conceitua a história, começa falando que tal saber é um discurso entre os vários existentes sobre o mundo e que tal discurso vai ter como objetivo o passado. História e passado são duas coisas completamente distintas, uma vem a ser aquilo que o profissional da história escreve sobre determinado fato que aconteceu e o espaço de tempo no qual esse acontecimento surgiu. Jenkins facilita essa compreensão chamando de historiografia o que é escrito pelo historiador e de “o passado” o tempo que tal escrito aborda. 
O mundo é um texto, no qual cabe várias leituras, inúmeras interpretações de um mesmo acorrido, um historiador não é capaz de registrar toda a historia, por isso deve-se estar(a historia) em uma constante autocrítica  devido a epistemologia da época. Ele segue expondo outro argumento para conceituar história e trata agora da conciliação entre história e passado, pois disso vai depender a historiografia, daí  surgem três campos problemáticos os quais ao serem compreendidos facilitaram o entendimento sobre o que é história. A epistemologia, a Metodologia, e a ideologia. Episteme compreende pelo conjunto de conhecimento que se tem em determinada época, então nenhum historiador consegue abarcar todo o passado, não consegue registrar todos os fatos de um período, mesmo que esse seja curto, o relato que ele fará não conseguirá recuperá o passado tal qual era, pois nenhum relato é fundamentalmente correto, aí temos a idéia de que a história não é absoluta, não existe uma verdade e sim verdades ou pontos de vista, e tais pontos estarão sujeitos à subjetividade do historiador em sua época, hoje podemos falar com certas liberdades da história homossexual, porém pessoas mais antigas se provendo do famigerado senso moral não o fariam e nós que estudamos o passado entendemos o motivo pelo qual essa recusa existe, pois sabemos na maioria das vezes mais do passado do que aqueles que viveram lá. 
Metodologia está no cerne da fragilidade da história, tendo em vista que a historiografia é um discurso em constante transformação, ao longo do tempo surgiram diversas correntes de pensamentos que insistem em uma busca pela verdade. Temos a direita empiricista, a esquerda marxista, centro empiricista, etc. Cada qual com sua idéia acerca de diversas questões, as quais são superadas ou não. E aqueles historiadores que sequem quaisquer que sejam tais correntes estarão limitando sua liberdade interpretativa, expondo-se a seguir regras e procedimentos rígidos que no máximo lhes trarão outro ponto de vista sobre um fato qualquer que se diferenciará de outro por algum critério, isso porque os métodos não possuem consenso. 
No tocante a ideologia a historia vai valer quando escrita pela classe dominante, logicamente existiu no decorrer da história pontos de vistas diferentes das pessoas que faziam parte em cada época de um segmento importante ou não de determinada sociedade. O que conhecemos como história é a da classe dominante, porém os dominados também possuem uma história, essa que é reprimida de certa forma pela ala dominante. Expondo essas três idéias( Epistemologia, Metodologia,Ideologia) irei comentar sobre a prática do historiador na visão de Keith Jenkins. Quem produz a “história” dos livros didáticos? Vemos os artigos desses livros bem resumidos e que explica de forma limitada as fases históricas que são pertinentes a camada dominante, isso seguindo a idéia da ideologia.  Os historiadores que constroem essas histórias sofrem algumas pressões, seja elas da academia, dos amigos, da própria ideologia e da subjetividade, além das pressões do cotidiano, os colegas de trabalho, a editora e ate mesmo o limite Maximo de paginas que lhe são estipuladas pela ordem hierárquica. 
O historiador deve escolher quais métodos usar em sua pesquisa e como lidar com o material disponível para esse trabalho, ele segue sua subjetividade e sua ideologia, no seu empenho como profissional ainda deve seguir um vocabulário próprio, afinal toda profissão tem sua linguagem própria, e escolher que aspecto histórico abordar, tendo em vista que tal abordagem será muito limitada, ele pode optar pelo aspecto político, cultural, econômico, cultural, etc. Assim ele pode agora estudar os vestígios do passado e transformá-los em uma nova categoria, isso segundo Keith Jenkins é o fazer histórico, em seguida deve-se perguntar para quem estou escrevendo, será para o publico infantil, ou para os adultos, ou ainda para a academia? Saber fazer essa pergunta é essencial para um historiador. Ter noção do seu publico alvo é um dos requisitos para um bom artigo em história e nisso é o que consiste a leitura do mundo, especificamente do passado, que por fim resulta na Historiografia ou até mesmo na História.

OBS: texto elaborado como exigencia da cadeira de Teoria I (História/UEPB), professora Kyara Almeida.

Quilombos de sempre!



Minhas experiências tanto empíricas como acadêmicas com relação às comunidades remanescentes quilombolas me colocaram um pouco mais próximo da realidade histórica do povo afro brasileiro que vive nas comunidades nas quais visitei, como Caiana dos Crioulos, Matias e Grilo! São localidades distantes dos centros urbanos com características peculiares, como o modo de trabalho, sua relação agrícola com a terra, a distancia de uma moradia para outra, as brincadeiras, os usos de plantas medicinais, as rezadeiras e as parteiras que estão presentes nas três comunidades, são características que as colocam no mesmo contexto histórico de resistência subreptícia no tocante ao sistema vigente que ainda possui resquícios do escravismo!
O fato de antes os quilombos serem caracterizados como qualquer moradia de um grupo de mais de cinco negros fujões em locais ermos e construídas com materiais precários, isso em julgamento dos Portugueses da época, não descaracteriza a idéia de que tais moradias eram as Vilas onde de fato existia a liberdade entre seus moradores, tendo em vista que no Quilombo dos Palmares, que existiu por mais de cem anos, mais de 200 mil indivíduos viviam por lá, em harmonia, tanto os negros resistentes como também brancos e índios foram adotados pelo quilombo dos Palmares, o maior refugio da resistência negra no Brasil!
Após a “abolição” da escravização do povo negro, as terras onde tais comunidades se constituíram poderiam vir de herança dos antigos senhores, de doação, etc, até porque antes do 13 de Maio, a monarquia havia promulgado a lei nª601/1850 que colocava todas as terras devolutas sob a posse da corte brasileira. A intenção desta lei era garantir a propriedade privada, colocando como requisito para a obtenção de terras através da compra, isso impossibilitava a compra por negros recém libertos, daí deriva as favelas e por assim dizer as comunidades rurais negras, hoje tidas como remanescentes quilombolas, que estando na mesma situação da população negra urbana, diferenciado-as apenas as localidade urbana e rural.
As populações negras rurais por muito tempo não tiveram políticas públicas que os atendesse, legislação para negros servia apenas para sua exploração e decradação, atualmente tais comunidades já podem lutar para que seus direitos sejam atendidos, como o da garantia da posse da terra para ás comunidades negras rurais que se alto declararem como remanescente quilombola. Nas visitas feitas por nós, pesquisadores do NEAB-Í-UEPB, observamos que na comunidade do Grilo em Riachão do Bacamarte-PB, existe um impasse com proprietários de terras vizinhas com relação às terras da comunidade quilombola. Em Caiana é diferente, nas entrevistas feitas percebemos que a maioria das terras é de herança, transmitida por gerações entre familiares daquela comunidade, na comunidade do Matias também não percebemos problemas com a posse da terra. Cabe ao estado fazendo uso de suas atribuições legais (lei nª68, 4.887) garantir a posse definitiva das terras de tais comunidades remanescentes quilombolas, atendendo assim a uma necessidade histórica daquele povo negro.

Williams Lima Cabral. 05-07-2012.

HISTORIOGRAFIA, MITO POLÍTICO E CONSTRUÇÃO DE MEMÓRIAS


Morreu Ronaldo Cunha Lima, ex-vereador e prefeito de Campina Grande, ex-deputado federal e senador e ex-governador da Paraíba. Sua morte tem sido bastante comentada, compartilhada e discutida no facebook e em outras redes sociais. Talvez, no caso da Paraíba, ele esteja inaugurando o lugar na mídia digital no tocante à fabricação de um mito político, já incensado e auratizado por vários “clics” de diversos internautas. De tal modo que, a espetacularização da morte, outrora fabricada, sobretudo, pelo rádio e pela TV, nessa sociedade hipermoderna passa a contar com a grande contribuição da rede mundial de computadores.
A morte de Ronaldo, notadamente o processo de construção míticajá em curso, me fez escrever essas linhas a fim de sintetizar algumas ideias mais gerais e históricas a respeito da fabricação dos “heróis” e seus usos políticos e historiográficos.
Um primeiro aspecto a se chamar atenção consiste no fato de que a fabricação de mitos políticos, conforme nos mostra Raoul Girardet, faz parte da longa duração temporal da História. Jamais caberia, num artigo tão breve, fazer uma análise nessas dimensões de recorte temporal e espacial. Portanto, vou optar por mencionar apenas algumas especificidades da História do Brasil. Quando surgiu o Estado Nacional Brasileiro, após a separação de Portugal, as elites políticas e culturais trataram de modelar o mito D. Pedro I na busca de legitimidade de um projeto de “Independência” que defendia o latifúndio e a escravidão; quando veio a República, conforme nos mostra José Murilo de Carvalho, procurou-se silenciar a memória do Império ao mesmo tempo em que se fabricava o mito Tiradentes para legitimar o novo regime que surgiu e veio para beneficiar grandes fazendeiros de café, sobretudo; quando estourou o Movimento de 1930, a legitimidade da tomada do poder pela Aliança Liberal foi feita em cima do sangue de João Pessoa, que virou “santo” apropriado pelo e para um projeto de Estado varguista, ditatorial, excludente e industrializante.
E por aí vai. O PMDB ainda hoje se apoia no “mito democrático” de Ulisses Guimarães; o PTB faz toda sua propaganda política sempre manipulando a construção de um imaginário em torno dos “mitos” Getúlio Vargas e Leonel Brizola; o PSDB vive lembrando e “heroicizando” Mário Covas; o PT tem construído um “herói” vivo, o Lula retirante e grevista que “mudou o Brasil”. Aliás, a dita esquerda também construiu seus mitos, como Stálin, Mao Tsé-Tung, Fidel-Guevara e tantos outros defendidos por intelectuais e políticos ligados aos projetos revolucionários do “Breve Século XX”.
Pelos municípios afora, esse processo de heroicização e mitificação de políticos e militares, também se faz bastante evidente, contando com a especificidade dos localismos. Historiadores (de vertentes teóricas diversas) e herdeiros da tão conhecida política familiar vivem procurando narrar sobre o “fundador” da cidade e seus sujeitos “iluminados” que “conscientemente” têm feito a história do lugar, com destaque para a lista dos prefeitos, juízes, promotores e padres, excluindo aqueles que não se encaixam nessa concepção Iluminista de sujeito histórico. Monumentos, poesias, livros, festas, comemorações, como nos ensina Pierre Nora, são lugares de memória, de uma memória oficial. Nesse particular, cada político e cada Partido escolhem seu “herói” a celebrar, mas sempre buscando legitimidade política. Nesse ano de eleições municipais, isso será visivelmente impregnado como forma de capital político/simbólico. Quem concorre às prefeituras, além dos votos, ou em função deles, vai buscar o pai, o avô, o tio, a mãe, de dentro do túmulo e do sossego dos mortos para virar bandeira de campanha em favor de uma cultura política clientelista, personalista, nepotista e corrupta. Ou não seria esse o meu país?
Nesse particular, ouvi em um programa de debate político em rede de televisão, uma discussão a respeito das candidaturas à prefeitura de Campina Grande, comentários sobre o potencial que poderia ser capitalizado por Romero Rodrigues/ Ronaldo Cunha Lima Filho no bojo dos problemas de saúde de Ronaldo Cunha Lima. Imagina agora, depois da sua morte, o que será incrementado a esse debate. Logicamente, Daniela Ribeiro se legitima na tradição de Enivaldo, Tatiana Medeiros, candidata do atual prefeito pode utilizar o nome de Vital do Rego assim como Ronaldo pai poderá ser símbolo importante para Ronaldo Filho. Disso tudo o que me desconforta é a forma como se analisa e participa-se da política, apenas no âmbito da paixão. Ora, a paixão e a emoção fazem parte da política, mas não podemos deixar de ser também racionais, críticos e autocríticos, senão a paixão pode virar doença, cegueira, como em casosdo amores, daqueles que quanto mais nos magoam e fazem mal, mas eu corro atrás, alucinado. Temos sentimentos e não conseguimos nos livrar deles, mas não votarei mais em ninguém apenas movido por eles. Ou não devemos mais cobrar projetos sociais e culturais? Vamos votar só por conta da cor, da música, da morte ou do teatro do horário eleitoral? É por essas e outras, que temos tantos malufes, cachoeiras e sarneys nesse país que Lima Barreto, apropriadamente, denominou, alegoricamente, de “País das Bruzundangas”.
Um segundo aspecto que gostaria de destacar é a relação estabelecida entre historiadores e a sociedade englobante e complexa. Nas Universidades, atualmente, tenho visto uma gama de historiadores criticarem a Escola Metódica, chamando-a de “velha história” e a Escola Marxista, chamando-a de “ultrapassada”. Critica-se a primeira por suas concepções de História, fonte histórica, tempo histórico e sujeitos da Histórica, para os ditos da “Nova História”, defensores do Paradigma Moderno que centrou no modelo homem, livre, cristão, branco e heterossexual, os chamados “grandes vultos”. Critica-se a segunda, por achar que ela caiu juntamente com o Muro de Berlim e os projetos socialistas e que tal modelo teórico centra apenas na luta de classes e nos Modos de Produção, algo típico de historiadores “dinossauros” dos anos 1980 para trás.
De uma coisa é certa: os metódicos sempre foram sistêmicos assumidos, escreviam/escrevem a História-narrativa coerentemente com o que defendem fora do mundo das letras. Os marxistas, pelas mais variadas (e desconhecidas, por alguns historiadores) vertentes, foram críticos ao sistema Capitalista e ao Estado Burguês da Modernidade. Lutaram por uma revolução esquerdizante (com modelos variados); alguns, ainda hoje, mantêm a coerência com a criticidade e vivem defendendo uma cidadania plena contra a Globalização e a sociedade de consumo. Tantos outros historiadores da “Nova História” (sei que estou generalizando na expressão) têm atuado para fora dos muros das universidades, como tanto sonhou o grande sociólogo Pierre Bourdieu. Na linha da cidadania cultural, militando conjuntamente com projetos sociais pertencentes as mais variadas identidades como camponeses, quilombolas, indígenas, mulheres, gays, lésbicas, prostitutas, velhos, crianças, negros, umbandistas… Outros, porém, vivem trancados nas universidades funcionando na lógica reprodutivista e quantitativista da CAPES e dos Programas de Pós Graduação, vivendo, exclusivamente da mercantilização do conhecimento.
O meu questionamento é o seguinte: não há incoerência entre você dizer fazer uma Historiografia “NOVA” e atuar em sociedade defendendo e apoiando projetos conservadores e excludentes? No meu modo de ver, acaba caindo numa contradição, às vezes, não assumida, narra de modo “NOVO” para viver apoiando o status quo vigente, tal qual fazem os metódicos. Aqui, a “NOVA”e a “VELHA” historiografia se abraçam e se reencontram, divergindo apenas nos estilos da escrita da História.
Por tudo isso, defendo a posição do historiador engajado em projetos ligados aos movimentos sociais e as demandas dos marginalizados da História-experiência e da História-narrada. Nesse particular, é na dupla de filósofos Walter Benjamin e Paul Ricoeurem quem vou buscar inspiração para ter coerência e compromisso entre a narrativa e a vida. Benjamin escreveu as Teses sobre História para defender um materialismo histórico feito a contrapelo, mas com o compromisso de narrar o passado nos seus escombros de projetos impedidos e/ou não realizados, para a tarefa da “redenção” da história no presente-futuro.
Quanto a Paul Ricoeur, talvez mereça, a propósito do tema desse artigo, um parágrafo a mais. Na magistral obra Tempo e Narrativa, ele nos mostra o quanto a memória oficial e os “mitos” políticos e militares estão comprometidos com projetos dos vencedores, realizados à custa da exclusão e da tortura. Sendo assim, afirma ele, é pelo horror como o negativo da admiração das comemorações oficiais que temos que nos mover, pelo não esquecimento na Memória e na História comprometida com a ética humana. É preciso ser afetado pelo passado para a construção melhor de um presente-futuro, é necessário articularmos espaço de experiência com horizontes de expectativas, pois “é no presente que o espaço de experiência pode se ampliar ou se encolher”. Para Ricoeur, o maior dano que a história escrita causa a história efetiva é não está a serviço da vida, e apoiado em Nietzsche, afirma que a História Monumental veio ajudar os fortes a dominar o passado e criar a grandeza para a mumificação de um passado na história antiquaria; e na contraposição nitzscheana afirma que para servir à vida, outro tipo de história é preciso.
Por essas reflexões filosóficas, me coloco no lugar de quem não constrói ou defende “grandes heróis”, pois isso é se colocar do lado dos vencedores da História e meu compromisso é com o que está no contrapelobenjaminiano. Por que choramos Ronaldo Cunha Lima e tantos outros políticos e militares e não vamos inaugurar o Memorial das Ligas Camponesas no Centenário de João Pedro Teixeira (antes que me questionem, não o trato como herói, mas como sujeito)? Por que não se chora, nem se emociona com a morte das Margaridas e Chicos Mendes do Campo? Com morte de índios e camponeses sem terra? Com a violência contra “homossexuais” e mulheres? Por que não chorar o racismo e a corrupção? Por que não se lamenta as tantas pessoas que morrem de fome, cotidianamente, no campo e nas favelas e subúrbios denosso país? Por que não choramos e lamentamos as pessoas que morrem nos corredores dos hospitais públicos por falta de atendimento e serviços necessários? Por que não se entristecer e se enlutar com a situação das escolas públicas desse país? Ou os “mitos políticos”, que tanto choramos, não têm responsabilidades nisso?
Como diria Michel de Certeau, depende do lugar socialde cada historiador. Eu tenho plena convicção do lugar de onde falo e atuo em sociedade. Minhas lágrimas escorrem pelo olhar do horror, pois como ensaia Ricoeur, não esquecer é a motivação ética última da história das vítimas.

texto de Luciano Queiroz (doutorando na UFPE)

domingo, 8 de julho de 2012

Quem foi Vladimir Herzog?



Vladimir Herzog nasceu na Iugoslávia, em 1937. Em 1942, emigrou para o Brasil, com os pais Zora e Zigmund, fugindo do nazismo. Formou-se em filosofia pela USP, mas foi como jornalista que ele se destacou, tendo trabalhado em importantes órgãos de imprensa como o jornal O Estado de S. Paulo, onde ajudou a implantar a sucursal de Brasília, então recém-inaugurada. No início da década de 60, casou-se com a publicitária Clarice Herzog, com quem teve dois filhos, Ivo e André. Em 1963, teve sua primeira experiência na TV, como redator e secretário do "Show de Notícias", telejornal diário do antigo Canal 9 de São Paulo, TV Excelsior. Em 1965, viajou para Londres, contratado pelo Serviço Brasileiro da BBC. De volta, trabalhou de 1968 a 1973 na revista Visão, como editor de cultura. Em 1972, foi para a TV Cultura, secretariar o recém-lançado “Hora da Notícia”. Paralelamente, dava aulas na FAAP e na ECA-USP. Em todas as suas atividades, Vlado sempre se pautou pela extrema seriedade e honestidade profissional. O mesmo rigor e o zelo que exigi de seus subordinados, impunha-se a si próprio. Em 1975, assumiu a direção de jornalismo da TV Cultura, antevendo, finalmente, a possibilidade de por em prática seu conceito de responsabilidade social do jornalismo na TV. No projeto que enviou ao presidente da Fundação Padre Anchieta, Rui Nogueira Martins, e ao secretário de Cultura, José Mindlin, que ele chamou de "Considerações Gerais Sobre a TV Cultura”, diz: “Jornalismo em rádio e TV deve ser encarado como instrumento de diálogo, e não como um monólogo paternalista. Para isso, é preciso que espelhe os problemas, esperanças, tristezas, e angústias das pessoas ás quais se dirige. Um telejornal de emissora do governo também pode ser um bom jornal e, para isso, não é preciso ‘esquecer’ que se trata de emissora do governo. Basta não adotar uma atitude servil”. Além do jornalismo, Vlado tinha outra grande paixão: o cinema. Seu grande sonho era fazer um filme sobre Canudos. Em 1975, havia decidido, finalmente, realizar esse sonho, mesmo com o novo cargo, de diretor de jornalismo da TV Cultura, tomando todo o seu tempo. A repressão impediu-o.

 (fonte: http://www.premiovladimirherzog.org.br/quem-foi-vladimir-herzog.asp


UMA LIÇÃO QUILOMBISTA PARA AS TVS PARAIBANAS



Essa denúncia que fiz abaixo contra a TV Paraíba e que faz parte do Blog do FOPPIR continua mais atual do que nunca, pois no mês março tivemos o Dia Internacional de Luta Contra o Racismo e a TV Paraíba não trouxe nada sobre as lutas do movimento negro para promover a igualdade racial na Paraíba, apesar dos meus constantes pedidos pra que essa emissora cumpra com sua função social, cultural e educativa como recomenda a Constituição Federal. Lamento e deixo aqui o meu repúdio contra esse tipo de jornalismo sem democracia e que tenta a todo custo invisibilizar as lutas dos quilombolas e dos diversos movimentos negros do estado da Paraíba. A TV Paraíba, na verdade, foi mais uma vez omissa e desrespeitosa com o Movimento Negro de Campina Grande e com várias entidades sindicais e acadêmicas que foram para o MP debater o que esta TV e outras emissoras de televisão preferiram ignorar: o racismo que humilha nossas crianças negras nas escolas.

Felizmente, os NEABIS, SINTAB, ADUEPB, UFCG e UFPB que estavam no MP para nos apoiar, uma vez que entenderam que o Brasil tem uma grande dívida histórica com o povo negro e que a educação eurocêntrica precisa mudar, valorizando o africano e afro-brasileiro ao lado dos indígenas que construíram este país, embora a TV Paraíba tenha negado ao povo paraibano o direito de conhecer essas verdades que foram debatidas com muita seriedade e dignidade por todas as entidades que foram convocadas pelo Ministério Público da Paraíba. Entidades que, a nosso ver, entenderam que temos que somar forças para promover a igualdade racial e eliminar o racismo dos espaços da educação paraibana. Essa TV que não é da Paraíba dos meus sonhos palmarinos deveria aprender essa lição quilombista e ser mais compromissada socialmente com a educação do povo paraibano, tendo em vista que essa empresa para existir precisa de uma concessão estatal e cobrir uma Audiência Pública como essa organizada pelo MNCG e MP deveria ser um dever ético de qualquer canal de televisão que se propõe a servir a população. No mais, também devo estender as minhas críticas neste texto as TVs Correio, Borborema e Itararé.
Por fim, quero dizer ainda que a Audiência Pública feita pelo Ministério Público da Paraíba para mostrar ao povo paraibano a pesquisa que constatou o alto grau de racismo enfrentado pelas crianças e adolescentes negros e o descumprimento da Lei Federal 11.645\08 nas escolas municipais, estaduais e particulares de Campina Grande, Lagoa Seca, Massaranduba e Boa Vista vai ser divulgada e que vamos fazer desse documento do Ministério Público da Paraíba uma grande bandeira de luta pela promoção da igualdade racial, pois Zumbi dos Palmares nos ensinou que somos fortes e não será uma TV com cara e alma de Domingos Jorge Velho que irá apagar a raça negra e suas gloriosas lutas antirracistas da memória do povo paraibano. E como diz o Afro Ilê Aiyê de Salvador: “eles pensam que pode apagar nossa memória. Não desisto, pois eu sou um negro quilombola.”


Jair Silva- Historiador, Coordenador do Movimento Negro de Campina Grande e aluno do Curso de Especialização em História e Cultura Afro-Brasileira da UEPB.

BLOG DO FOPPIR.

Ativista do Movimento Negro de Campina Grande denuncia boicote midiático.

O ativista e estudante de História da UEPB Jair Silva divulgou recentemente um email enviado à redação da TV Paraíba (redacaocg@paraiba.tv.br), em Campina Grande, onde reclama do boicote que o movimento negro local sofre em relação às sugestões de pautas enfocando questões raciais. Todos sabemos do silenciamento que a mídia paraibana impõe às questões de raça e etnia. A carta de Jair é apenas mais uma comprovação deste fato. Vejam a íntegra do email de Jair Silva abaixo:
“O dia 21 de março foi uma data criada pela Organização das Nações Unidas, pois ela lembra o assassinato de 70 negros que lutavam contra as leis racistas do apartheid no ano de 1960. Por conta deste grande massacre racial, a ONU, em 1966, instituiu o Dia Internacional de Luta Contra o Racismo que não mereceu respeito e atenção de vocês, apesar do Movimento Negro ter feito diversas palestras nas escolas e de ter ligado várias vezes para pedir uma matéria sobre o racismo na sociedade campinense. Entretanto, o cachorro rabicó foi a grande manchete de vocês na semana internacional de luta contra o racismo. Além do mais, o povo paraibano aprendeu com o jornalismo "sério e compromissado com a verdade" da TV Paraíba a fazer um cuscuz paulista e como se fazer unhas bem feitas. Enquanto a TV Paraíba educava o povo para fazer unhas bem feitas, a raça negra e suas lutas contra o racismo na Paraíba não apareceu em nenhum telejornal desta competente empresa. Parece que a TV Paraíba não sabe dos dados que envergonham a "democracia racial" das elites racistas: de cada 10 brasileiros pobres, os negros são seis, sem esquecer que de cada 4 brasileiros que a polícia mata, três são afrodescendentes. Por outro lado, gostaria que o jornalismo da TV Paraíba mostrasse a vida do grande escritor negro Machado de Assis e que a Escola Politécnica da USP foi criada pelo etnólogo e geógrafo negro Teodoro Sampaio. Mas, acredito que esse tipo de assunto não interessa, pois o negro para as elites só podem aparecer se for nos noticiários policiais e sambando no carnaval. Portanto, coloco-me à disposição da TV Paraíba para debater o apartheid brasileiro e colaborar para que os meios de comunicação conheçam a história do dia 21 de março, pois a TV Paraíba vive num estado onde mais de 60% das pessoas são de origem africana e esta grande massa negra conta com militantes cultos e dignos que trabalham pra fazer do Brasil um país justo e igualitário como um dia Zumbi dos palmares queria para o nosso povo, apesar da TV Paraíba não ter nenhuma Wanda Chaise como apresentadora.


Ação do Movimento Negro de Campina Grande em favor da educação Afro brasileira.


O Ministério Público da Paraíba instaurou inquérito civil público para averiguar se o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena está sendo ministrado nas escolas nos municípios de Campina Grande, Massaranduba, Lagoa Seca e Boa Vista, conforme determina a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (Lei 9.394/96, também chamada “LDB”). Para isso, uma equipe técnica fará inspeções em escolas públicas e particulares nas quatro cidades.
Na semana passada, a Promotoria de Justiça do Cidadão da Comarca de Campina Grande encaminhou ofício aos secretários de Educação desses municípios solicitando a relação das escolas e ao secretário da Educação da Paraíba, solicitando informações sobre a adequação dos currículos das redes públicas municipais e estadual de ensino em relação à obrigatoriedade do ensino desses conteúdos. Após o envio das informações, será promovida inspeção por amostragem em escolas públicas.
As investigações foram iniciadas no ano passado pelo promotor de Justiça que atualmente coordena o 2° Centro de Apoio Operacional às Promotorias, Luís Nicomedes. Conforme explicou o promotor de Justiça Herbert Vitório Carvalho, o inquérito foi instaurado com base na reclamação feita, em 2006, por Jair Silva integrante do Movimento Negro de Campina Grande . “Segundo ele, os gestores municipais não estariam cumprindo o artigo 26-A da LDB, que diz que as escolas devem trabalhar conteúdos programáticos referentes à história e à cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros em todo o currículo escolar, com destaque para as áreas de história, literatura e educação artística”, disse Herbert Vitório.
A pedagoga da Promotoria do Cidadão de Campina Grande, Valuce Alencar Bezerra, destacou que as unidades de ensino devem trabalhar esses conteúdos de forma transversal e não como uma disciplina específica. Por isso, a Promotoria de Justiça também encaminhou ofício ao reitor da Universidade Estadual da Paraíba, solicitando informações sobre a adequação dos currículos pertencentes aos cursos de licenciatura. “A dificuldade de trabalhar o tema de forma transversal é que se requer dos professores uma cultura geral sólida e exige um planejamento amplo, sendo necessário qualificação para torná-los capazes de conduzir a reeducação das relações entre diferentes grupos étnicos-raciais em projetos que esbocem práticas pedagógicas cotidianas entre todos os componentes curriculares”, avaliou.
O que diz a LDB?
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas públicas e particulares e diz que os conteúdos programáticos devem incluir os diversos aspectos que caracterizam a formação da população brasileira a partir dos dois grupos étnicos. “O objetivo é resgatar as contribuições dos afro-brasileiros e indígenas, valorizar seu patrimônio histórico-cultural, quebrar desconfianças e buscar desconstruir estereótipos depreciativos e atitudes que expressem sentimentos de superioridade entre as raças, próprios de uma sociedade desigual”, destacou a pedagoga.



 Ministério Público vai investigar se escolas ensinam história e cultura afro-brasileira e indígena


Colégios ignoram lei que obriga ensino da cultura afro
Depois de cinco anos e mais de R$ 10 milhões gastos com capacitação de professores, a lei federal que obriga escolas públicas e particulares de todo o país a ensinar história e cultura afro-brasileira --uma das primeiras medidas do governo Lula-- não saiu do papel.

São poucos os colégios que hoje têm o tema inserido na grade curricular. Às vésperas do mês da Consciência Negra, o MEC quer mudar o quadro. Diz que vai lançar, em novembro, um plano nacional de implantação da lei, com distribuição de material didático e monitoramento das atividades.

"Não houve um planejamento. Só algumas escolas públicas, em razão de professores interessados, adotaram a lei. As particulares nem sequer discutiram a temática", diz Leonor Araújo, coordenadora-geral de Diversidade e Inclusão do MEC. Segundo ela, o estabelecimento da lei deixará de ser uma iniciativa individual para se tornar institucional. O MEC não sabe quantas escolas já cumprem, de fato, a lei.
Araújo diz que o objetivo é combater a discriminação e dar à escola "uma nova identidade na área didático-pedagógica". "Alunos negros não conseguem se ver na escola, já que não existe nada que os identifique."

A lei 10.639, de janeiro de 2003, prevê a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" e coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade. Uma nova lei, a 11.645, de março último, mantém as disposições e inclui ainda a questão indígena.

Araújo diz que o MEC capacitou 40 mil professores, mas que não houve o resultado esperado. Afirma ser preciso qualificar também diretores e, coordenadores pedagógicos.

O não-cumprimento da lei fez com que promotores e entidades se mobilizassem no país.
Na Bahia --Estado que abriga uma das maiores populações de negros no Brasil-- o Ministério Público instaurou inquérito civil em 2007 e notificou as escolas para que cumpram a lei.

Em São Paulo, o Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) entrou com representação no Ministério Público Federal para questionar 20 cidades da Grande São Paulo, incluindo a capital, sobre quais ações estavam sendo tomadas. O presidente do Sieeesp (sindicato das escolas particulares de SP), José Augusto de Mattos Lourenço, nega que a maioria das escolas não esteja cumprindo a lei.

Lei

O que diz a lei 10.639, de 2003



Estabelece a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira".

Coloca como conteúdo o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, bem como a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à história do Brasil.

O que diz a lei 11.645, de 2008

Mantém todos os dispositivos anteriores, mas inclui também a obrigatoriedade da temática indígena no currículo .

(Presidência da República)

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Educar Capoeira!

Acabou mais uma aula de Capoeira do projeto junto a UEPB Capoeira Educar, que tem como coordenador o Professor de Capoeira Morcego do grupo Afro Nagô! As aulas estão acontecendo provisoriamente na BCT (Biblioteca Comunitária do Tambor) sob a supervisão do aluno adiantado Pelé! 
Estão participando mais de 20 crianças que se organizam no pequeno espaço da BCT!
A ideia é fazer uma parceria com a Escola Criança a Caminho do Saber, a qual possui um amplo espaço que será ideal  para as aulas de capoeira e percussão, já que essa arte é múltipla, possuindo da dança à luta.
Tal projeto se uni ainda com a leitura, pois as crianças em contato direto com a Biblioteca terão mais acesso à leitura!

Biblioteca Comunitária do Tambor

III Festival Internacional de Musica de Campina Grande


Bem-vindos todos os amantes da Arte e da Música.

O Festival Internacional de Música de Campina Grande chega à sua terceira edição no ano em que a Universidade Federal de Campina Grande completa a sua primeira década de existência, a Universidade Estadual da Paraíba comemora os vinte e cinco anos da sua estadualização e o Brasil, como um todo, celebra o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Este evento, o maior do gênero no estado da Paraíba, pouco a pouco se consolida no cenário nacional, tendo como metas congregar e promover o intercâmbio entre professores, artistas e alunos de diferentes estados e países.
Além do corpo docente formado por professores com vasta experiência internacional, este ano o Festival recebe grupos e artistas novos e consagrados: os pianistas Marco Antonio Almeida e Eudóxia de Barros; o Quinteto Sopro Novo Yamaha, o Quaternaglia Guitar Quartet (QGQ), que este ano completa vinte anos de trajetória artística; a irreverente Orquestra de Contrabaixos Tropical; e a premiada ópera de câmara Domitila, do compositor João Guilherme Ripper. Indiscutivelmente, durante a primeira semana de julho, Campina Grande, a cidade do Maior São João do Mundo, será o centro da música no Nordeste do Brasil.
Comissão Organizadora

Programação


TEATRO MUNICIPAL SEVERINO CABRAL
  • Segunda-feira - 02/07/12
      15:00 h: Orquestra de Câmara da UFCG 
                    Concerto para a Juventude
                    Francieudo Torres, Regente
      20:00 h: Marco Antonio Almeida, piano 
                    Quinteto Sopro Novo Yamaha 
                    Quaternaglia Guitar Quartet 
  • Terça-feira - 03/07/12
      20:00 h: Eudóxia de Barros, piano 
                    Kathy Kessler Price, soprano 
                    Karen Murphy, piano 
             
  • Quarta-feira - 04/07/12
      15:00 h: Concerto da Maturidade
                    Serenata para Lua 
                      Jean Márcio Souza, trombone 
                      Rodrigo Melo, piano 
      20:00 h: Radegundis Tavares, trompa 
                    Nailson Simões, trompete 
                    Jean Márcio Souza, trombone
                    Hye-Youn Park, piano

                    Orquestra de Contrabaixos Tropical
  • Quinta-feira - 05/07/12
      20:00 h:  Hye-Youn Park, piano 
                    Lucas Robato, flauta
                    Nailson Simões, trompete
                    Karen Murphy, piano
                     Domitila – Ópera 
  • Sexta-feira - 06/07/12
      15:00 h: Concerto da parceria
                    Domitila, ópera
      20:00 h: Quinteto de Madeiras do Festival
                      Moisés Pena, oboé 
                      Lucas Robato, flauta 
                      Pedro Robato, clarinete 
                      Heleno Costa, fagote 
                      Radegundis Tavares, trompa 

                    Quinteto de Cordas do Festival
                      Netanel Draiblate, violino 
                      Wolfgang David, violino
                      Marcelo Jaffé, viola
                      David Gardner, violoncelo
                      Tibô Delor, contrabaixo 
  • Sábado - 07/07/12
      15:00 h: Concerto dos Alunos 
      20:00 h: Grand Finale
UEPB, UFCG, FACISA
  • Terça-feira - 03/07/12: Reitoria – UEPB
      15:00 h: Quaternaglia Guitar Quartet 
                    Serenata para Lua
                    Jean Márcio Souza, trombone
                    Rodrigo Melo, piano 

  • Quinta-feira - 05/07/12: Auditório da UAAMI/UFCG
      15:00 h: Eudóxia de Barros, piano 

                   Orquestra de Contrabaixos Tropical 

      15:00 h: Hall da Diretoria da FACISA
                     Serenata para Lua
                       Jean Márcio Souza, trombone
                       Rodrigo Melo, piano 
MOSTEIRO DAS CLARISSAS
  • Terça-feira - 03/07/12
      19:00 h - Quinteto Sopro Novo Yamaha
                     Quaternaglia Guitar Quartet 
  • Quarta-feira - 04/07/12
      19:00 h:  Kathy Kessler Price, soprano
                    Karen Murphy, piano

                   Eudóxia de Barros, piano
  • Quinta-feira - 05/07/12
      19:00 h: Uma noite no Barroco 
                      Ângela Perazzo, violino
                      Moisés Pena, oboé
                      Heleno Costa, fagote
                      Edmundo Hora, cravo

                    Orquestra de Contrabaixos Tropical 
  • Sexta-feira - 06/07/12
      19:00 h: Hye-Youn Park, piano

                    Coro de Câmara 
                    Randall Hooper, regente 
                   
      * Todos os concertos são gratuitos. Esta programação pode ser alterada sem aviso prévio.

Ministério da Cultura

Visitem o site do MinC e acompanhe diversos editais e iniciativas do governo para a promoção da cultura e distribuição de recursos para projetos por todo o Brasil

http://www.cultura.gov.br/site/

Se isto for aprovado ja vai ser um grande passo para o futuro deste pais maravilhoso.


 MANIFESTO - EMENDA CONSTITUCIONAL 2012
Repassem 

 
Ac. ELÍ JOSÉ CESCONETTO  cadeira 3 da ACO
MANIFESTO - EMENDA CONSTITUCIONAL 2012   

Manifesto

Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas de sua lista de endereços e, por sua vez, pedir que cada um deles faça o mesmo.

Em três dias a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.

Lei de Reforma do Congresso de 2012 (emenda da Constituição do Brasil):

1. O congressista receberá salário somente durante o mandato. E não terá direito à aposentadoria diferenciada em decorrência do mandato.

2. O Congresso contribui para o INSS. Todo o fundo (passado, presente e futuro) atual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o
regime do INSS imediatamente. O Congressista participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos os outros brasileiros. O fundo de aposentadoria não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. O congressista deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4. O Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário, que será objeto de plebiscito.

5. O congressista perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.

6. O congressista está sujeito às mesmas leis que o povo brasileiro.

7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira. Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.

8. Todos os votos serão obrigatoriamente abertos, permitindo que os eleitores fiscalizem o real desempenho dos congressistas.

Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.

A hora para esta emenda na Constituição é AGORA.

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO. Se você concorda com o
exposto, REPASSE, se não, basta apagar.

Você é um dos meus + 20  . Por favor, mantenha esta mensagem CIRCULANDO!
Esta circulando na internet este e mail, divulgando para ver se realmente isso acontece algum dia!!